O Cambista |
Este, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, se originou do latim medieval cambiar. Até meados do século XVI, era utilizada a forma cambar, com o significado de trocar, mudar, substituir.
Do século XVII em diante, por influência do italiano, o nosso cambiar passou também a designar trocar moedas ou dinheiro. Seu radical camb(i) é o mesmo de escambo, cambial, intercâmbio e cambalacho. Começa a partir do século XIII o surgimento de novas relações econômicas.
Com o abandono dos campos e feudos, o fluxo populacional se dirige às cidades, onde ocorre intensificação do intercâmbio comercial e da produção urbana, centrada na indústria caseira e manufaturas.Ganham corpo a economia monetária, a sociedade de mercado, novas relações de trabalho e o mercantilismo colonial.
O centro da vida econômica, social e política transfere-se dos feudos para as cidades.As cidades proporcionam uma sociedade de homens livres e mão-de-obra assalariada.
As classes sociais começam a ser determinadas por sua posição económica.
O aumento da riqueza, a fundação de universidades e bibliotecas, os novos descobrimentos e a invenção da imprensa possibilitam um renascimento cultural.
A moeda torna-se fator primordial da riqueza e as transações comerciais são monetarizadas.
A produção e a troca deixam de ter caráter de subsistência e visam atender aos mercados das cidades.
As companhias mercantis contam com técnicas contábeis e adotam novas formas de comercializar, como as cartas de crédito e de pagamento.
As minerações de ouro e prata conhecem o auge. A navegação e o comércio de alto-mar ganham impulso.
A acumulação de capital conduz à criação dos bancos (ou casas de crédito) e empréstimos a juros. De fato, a evolução da economia feudal para a mercantilista e, posteriormente, para a capitalista tornou-se possível com a transformação dos antigos cambistas medievais em casas bancárias.
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