quinta-feira, 26 de agosto de 2010

IMPERADORES ROMANOS

NERO
Quinto imperador romano, tornou-se infame pela sua vida de devassidão tendo perseguido ferozmente os cristãos. Lucius Domicius Aenobarbus, depois Nero Claudius Caesar Drusus Germanicus, era filho de Agripina, a Jovem e de Gneus Domitius Aenobarbus.
 Nasceu em Antium a 15 de Dezembro de 37 d. C., sendo adoptado por Cláudio em 50. 
Casou com Octávia, filha deste e de Messalina, em 53. 
Foi proclamado imperador quando Cláudio faleceu, a 13 de Outubro de 54. 
Era então aluno de Séneca. 
A sua autoridade apoiava-se nos pretorianos do prefeito Burro.
No início do seu reinado é favorável ao Senado. 

Porém, algumas tragédias palacianas (como o assassinato de Britânico, filho de Cláudio) auguram mau futuro.
Só com o assassínio de Agripina, em Março de 59, Nero governa pessoalmente, cada vez mais afastado de Séneca. Assume, então, o aspecto de um soberano helenístico.
Burro morre em 62.

 O novo prefeito do Pretório é Tigelino. 
Nessa altura, Nero inicia-se na religião mazdaísta e no culto do Sol-Rei.
Depois do incêndio de Roma, em 64 (reconstrução da Domus Transitoria ou Casa Dourada), atribuído a um propósito premeditado de Nero, eclodiu a Revolta de Pisão (65), na qual estava comprometida uma grande parte da aristocracia senatorial. A repressão é implacável.
Em 66, Nero vai para a Grécia, onde participa nos Jogos. 

No ano seguinte, é chamado a Roma, onde tem de enfrentar várias sublevações, como a de Julius Vindex, governador da Gália lionesa (província de Lugdunum, Gália) e depois a de Galba, governador da Tarraconense, na Hispânia, e ainda a de Otão, na Lusitânia. 
O Senado declara Nero como vencido em 68. 
Nesse ano, em Junho, Nero suicida-se.

Como referenciar este artigo:


Nero. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-02-24].


TRAJANO

Áureo romano cunhado no reinado de Trajano,
 por volta de 115 d.C.

, Marco Úlpio Trajano

Marco Úlpio Nerva Trajano (em latim Marcus Ulpius Traianus) (18 de Setembro 53 - 9 de Agosto 117) nasceu em Itálica (hoje Santiponce), na Bética, no sul da Hispania (atual Espanha), perto de Híspalis (depois Sevilha) no ano 53. Foi imperador de 98 a 117.
De família nobre, concluiu a formação militar junto ao pai, governador primeiro da Síria e depois da Ásia, à época de Vespasiano. Comandou uma legião na Hispania e participou das campanhas na Germânia, nas quais conquistou grande prestígio. 

Em 91 foi nomeado cônsul por Domiciano. O imperador Nerva adotou-o como seu sucessor e, com a morte daquele, em 98, ele foi nomeado imperador. Os pretorianos apoiaram sua escolha.
Eficiente administrador, reorganizou o império, com apoio decisivo do Senado, que lhe concedeu o título excepcional de Optimus Princeps.

 Manteve um contato permanente e íntimo com a intelectualidade romana como consta da correspondência que manteve com Plínio, o Jovem. 
Reativou o comércio e a agricultura, reduziu a carga tributária e realizou um ambicioso programa de obras em todo o império. 
Além de edifícios públicos, como o novo fórum de Roma, construiu estradas, pontes, aquedutos, portos, banhos públicos e infra-estrutura sanitária. 
Algumas dessas obras sobrevivem ainda na Itália, Espanha, norte da África e Balcãs. Seu prestígio, no entanto, não se deveu somente aos êxitos na política interna, mas também às conquistas militares e territoriais, destinadas a aumentar e consolidar o poder de Roma e a proporcionar os recursos necessários para suas reformas.
Sob seu reinado o Império Romano atingiu sua máxima extensão. 

Após este período, com seu filho adotado Adriano, a contenção dos vastíssimos territórios geográficos conquistados (de Portugal à Pérsia, da atual Inglaterra ao milenar Egito), passou a ser prioridade.
Derrotou os partos e os armênios e lutou contra os dácios (regiões dos países atuais da Romênia e da Hungria) em duas batalhas que são celebradas nas cenas em relevo da coluna de Trajano, em Roma.
As riquezas obtidas dos saques destas regiões conquistadas, que por centenas de anos haviam evitado, com sucesso, as tentativas de invasão de Roma, serviu grandemente para o financiamento de novas construções em Roma, provavelmente importante para obter a aceitação de um povo que se sentia acima de tudo superior aos interioranos de províncias conquistadas pela espada.
As províncias do Império Romano em sua máxima extensão (governo de Trajano).Também, beneficiado pelo fato de que, dos arquitetos aos mestres de construção de seu império, terem eles atingido o seu apogeu profissional em sua época, as novas construções e renovações puderam ser realizadas sem custos muito superiores aos que tiveram sido necessários para tal por imperadores do passado.
O imperador Trajano, sendo filho da distante província espanhola, portanto, foi o primeiro imperador que não era natural de Roma, abrindo, assim, o caminho para uma nova era, onde os horizontes da participação cidadã romana nos altos escalões do império passou a ser bem mais abrangente.
Além disso realizou novos projetos arquitetônicos e reformas em educação e agricultura.
Muitas obras públicas foram realizadas, inclusive uma nova parte da Via Ápia. Foi um excelente administrador e teve a lealdade de seus súditos.
É considerado por muitos romanos da época e por alguns historiadores como o maior dos imperadores romanos.

 Porém a verdade é que a sua política de conquistas gerou alguns danos à economia do império, reparados depois por Adriano.
Trajano era, antes de tudo, um chefe militar. 

Durante a fase final de seu reinado, dedicou-se exclusivamente à guerra e deixou boa parte da administração civil em mãos de terceiros. Morreu, provavelmente de um ataque cardíaco, na viagem de volta da campanha parta, em Selinus, perto do Mar Negro, no dia 8 de agosto de 117.

Sem comentários:

Enviar um comentário