quinta-feira, 26 de agosto de 2010

SOCIEDADE ROMANA

PATRÍCIOS
Os patrícios, cidadãos de Roma, constituíam a aristocracia romana, sua elite. Desempenhavam altas funções públicas, no exército, na religião, na justiça ou na administração. Eram grandes proprietários de terra e credores dos plebeus, os quais viviam sob a constante ameaça de se tornarem escravos. Os patrícios, descendentes das famílias mais antigas da cidade, ou seja, dos chefes tribais da região do período pré-romano, eram donos das maiores e melhores terras e os únicos a possuir direitos políticos.
Habitavam em vilas (latim villa), casas senhoriais constituídas essencialmente por três secções:
a pars rustica, onde ficavam os alojamentos dos criados e escravos;
a pars frumentaria, onde se situavam as instalações de uso comum como os celeiros e armazéns; e a pars urbana, onde moravam os proprietários e a suas famílias.

PLEBEUS
Ao lado dos patrícios e clientes, encontramos os plebeus (do latim plebem, que significa multidão não organizada que formava, em Roma, um mundo à parte, a plebe. Eles habitavam o solo romano, sem integrar a cidade. Como acentua Bouché-Leclercq "eles tinham o domicílio, mas, não a pátria". Eram homens livres, podiam possuir terras, pagavam impostos e prestavam serviços militares. A diferença entre patrícios e plebeus era marcada por barreiras de tabus extremamente exclusivas. A princípio, os plebeus não possuiam direitos políticos nem civis).
A plebe, cuja origem é muito obscura, possivelmente se constituia dos vencidos que ficavam sobre a proteção do Estado, dos clientes das famílias patrícias que se extinguiram, e dos estrangeiros aos quais o Estado protegia.
No período monárquico, os plebeus não eram considerados cidadãos, portanto não tinham direitos políticos, não podendo nem formar famílias legalmente reconhecidas. Serviam no exército e trabalhavam como artesãos, agricultores e comerciantes. Viviam ameaçados pela escravidão, por dívidas e tinham que pagar altos impostos. Na República, eles conquistaram o direito de eleger os Tribunos da Plebe, em um Comício da Plebe. Também conquistaram o direito de casarem-se com patrícios através da Lei Canuléia, votada pouco tempo depois da Lei das XII Tábuas e o direito de eleger magistrados plebeus.
CLIENTES
A clientela, na história romana, foi um grupo originário da plebe que, para sobreviver, colocava-se a serviço de um patrício, denominado patrono. Os clientes recebiam dos patrícios assistência jurídica e terras para cultivo. Por sua vez, tornavam-se fiéis aos patrícios e votavam segundo a sua indicação.

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