sábado, 28 de agosto de 2010

O TRIBUNAL DE OSÍRIS

O TRIBUNAL DE OSÍRIS: JULGAMENTO DA ALMA 
O Livro dos Mortos como é conhecido popularmente é o nome dado a uma coletânea de textos e hinos religiosos do Antigo Egito, escritos em sua maior parte em rolos de papiros e colocados nos túmulos junto das múmias.
A principal função dos textos era ajudar o morto em sua viagem para o outro mundo, garantido-lhe uma passagem segura na viagem para o Além. “[...]
Aqueles que podiam pagar uma cópia do texto adquiriam uma espécie de seguro de vida para o mundo do além. Se esses escritos fossem enterrados com o defunto, este saberia exatamente o que devia dizer quando estivesse na Sala das Duas Verdades, submetido a julgamento por Osíris e demais deuses e advogando por sua vida eterna.” (DERSIN, 2007, p. 152)
 O julgamento após a morte preocupava muito os antigos egípcios.
E por isso acredita-se que principalmente os faraós tinham uma responsabilidade muito grande em vida de não cometer injustiças com o povo.
Os textos eram atribuídos ao deus da escrita Thot. Nas eras mais remotas do antigo Egito, apenas os nobres tinham acesso aos textos sagrados, mas com o passar do tempos a população começou a ter acesso. Todos esses textos eram intitulados pelos egípcios de “Capítulos do Sair à Luz(dia) ou Fórmulas para Voltar à Luz (dia)”


❶: O defunto (Hunefer) entra no tribunal pela mão de Anúbis, deus com cabeça de chacal, deus da mumificação, guia da morte, e declara ter levado uma vida virtuosa na Terra.
❷: A pesagem das almas: o coração, símbolo da consciência, era pesado na balança do julgamento : num prato, o coração do morto, no outro, uma pena de avestruz ( a pena de Maet, pena de avestruz que simbolizava a verdade e justiça.) se o coração for mais leve terá acesso à vida eterna (portanto sem culpas nem falhas). Para isso, era necessário que o corpo se conservasse incorrupto, para que a alma pudesse voltar a habitá-lo. Os corpos dos mortos eram, por isso, mumificados por especialistas.
❸:Amit, monstro do Nilo, devorava os mortos que tivessem sido maus em vida (isto é, quando o coração pesava mais do que a pena. O monstro devorador de corações impuros (animal mítico formado por partes de crocodilo, hipopótamo e leão)
❹: Thot (deus da escrita e escrivão do tribunal) anotava o resultado da pesagem.
❺: Confissão do defunto: “Homenagem a ti, grande Deus, Senhor da Verdade e da Justiça! / Não fiz mal algum.../ Não matei os animais sagrados/ Não prejudiquei as lavouras.../ Não sujei a água/ Não usurpei a terra/ Não fiz um senhor maltratar o escravo.../ Não repeli a água em seu tempo/ Não cortei um dique.../ Sou puro, sou puro, sou puro!”. A família também tinha obrigações com o parente do morto: deveria lhe ofertar alimentos no túmulo. Se não o fizesse, os mortos castigariam.
❻:Hórus apresentava os resultados da pesagem a seu pai, Osiris (o juiz supremo) e lhe dará o veredito final. ❼ Osíris presidia ao julgamento. Osíris era representado no tribunal como uma múmia com as mão e cabeça verdes, segurando um cetro, símbolo de seu poder soberano para conduzir a humanidade e um chicote, símbolo de seu poder judiciário para punir era o deus dos mortos.
❽: Ísis (1º plano) mulher de Osíris com a irmã Néftis.
❾:Tribunal encarregado de julgar as almas, era composto de 42 deuses, juízes assessores, ajudam a ditar a sentença.

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