MUMIFICAÇÃO |
Nada era mais importante para os egípcios do que alcançar a vida eterna e eles faziam de tudo para chegar até lá.
De feitiços rituais, a embalsamamento e construção de tumbas magnifícas, quanto mais dinheiro eles tinham, mais eles gastavam nas suas preparações para a morte.
Os egípcios acreditavam que cada pessoa tinha um corpo físico e um ‘ka’ – uma força de vida que continuava após a morte.
Este ka precisaria da mesma sustentação que uma pessoa viva, além de entretenimento e os instrumentos de seu comércio.
Todos estes itens eram colocados em sua tumba.
Principalmente, o ka precisaria se reunir com o corpo físico, e é por isso que os corpos eram mumificados.
Os mortos tinham que se juntar ao seu ka para alcançar vida depois da morte mas, como o corpo físico não poderia fazer a jornada da tumba para o submundo, o ‘ba’ da pessoa, ou personalidade, o fazia.
Quando o ba e ka se uniam, eles faziam a jornada final para o céu, luz do sol e estrelas, onde os mortos ressuscitavam como um ‘akh’ (ou espírito) e viviam para sempre.
MUMIFICAÇÃO
O primeiro passo da mumificação era remover os órgãos internos através de um corte no lado.
O coração – reconhecido como o centro da inteligência e força da vida – era mantido no lugar mas o cérebro era retirado através do nariz e jogado fora.
Os órgãos remanescentes eram armazenados em jarras de canopo.
Em seguida, o corpo era empacotado e coberto com natro, um tipo de sal, e largado para desidratar durante 40 dias.
Então era empacotado com linho ensopado de resina, natro e aromáticos e as cavidades do corpo eram tapadas.
Finalmente, ele era coberto de resina e enfaixado, com os padres colocando amuletos entre as camadas. Todo o processo – acompanhado de orações e encantos – levava cerca de 70 dias mas preservava os corpos durante milhares de anos.
O LIVRO DOS MORTOS
O Livro dos Mortos evoluiu dos Textos da Pirâmide do Velho Reino – os textos funerários mais velhos do mundo. Esses encantos e rituais eram inscritos nas paredes da tumba de egípcios de alta classe apenas.
No Reino do Meio estes segredos tornaram-se disponíveis para qualquer um que pudesse pagar um ritual de funeral e eram inscritos dentro dos caixões, para que as múmias ‘lessem’.
Eventualmente, os textos de caixão se transformaram no Livro dos Mortos que era bastante usado durante o Novo Reino.
O coração era o centro da vida dos egípcios, por isso quatro feitiços eram dedicados para proteger o coração do morto.
Feitiço número 23, a ‘Abertura da Boca’, era também crucial, já que restaurava os sentidos da múmia na vida após a morte.
CAIXÕES E SARCÓFAGOS
Os caixões mais antigos eram simples caixas retangulares de madeira decorados com olhos (para que o morto pudesse ver) e textos de caixão.
Às vezes eles tinham uma porta falsa para que o morto pudesse ‘sair’.
No Reino do Meio, caixões de forma humana decorados com grupos de hieróglifos horizontais e verticais que se pareciam com as faixas da múmia tornaram-se mais comuns. Os caixões eram ricamente pintados (ou dourados se reais), por dentro e por fora, com cenas de funeral, textos de funeral, deuses e deusas e escaravelhos alados.
Uma ‘espinha dorsal’ branca pintada nas costas detalhava a descendência do morto. Quase sempre havia uma tábua pintada do formato do corpo chamado de tábua da múmia, cobrindo a múmia no caixão interior.
Então, até quatro caixões eram colocados no sarcófago retangular com a tampa onde o cabeça de chacal Anubis sentava para proteção.
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