quinta-feira, 14 de abril de 2016

A Europa do século VI a XII

A importância da Igreja Católica no Ocidente europeu
OBJETIVOS
Descrever a importância da Igreja Católica durante as invasões bárbaras;
 Caracterizar o movimento de renovação da religião cristã a partir do século VI;
 Salientar o papel dos mosteiros como difusores da cultura e da preservação das obras da Antiguidade;
 Caracterizar a arte românica na arquitetura, pintura e escultura.
PRESTÍGIO DO CLERO
"A igreja católica é [...] "entregue aos Bárbaros". As missões conseguiram converter os Germanos e os Celtas e o papado deve a sua salvação ao apoio militar do mais poderoso dos príncipes bárbaros. Um Estado pontifício nasceu, as instituições e a cultura do Ocidente tornam-se cristãs. Assim nasce a cristandade medieval. Quando o filho de Pepino o Breve se faz coroar imperador pelo papa, no ano de 800, tem talvez a pretensão de renovar a tradição da antiguidade. De facto, ele é mais um imperador cristão que romano. A igreja recolhe durante o seu reinado os frutos que a sua política e as suas missões no período das invasões lhe poderiam fazer esperar. Sob a influência da Igreja, os imperadores francos procuraram unificar as diferentes regiões do Império e impor uma mesma lei às populações. [...] A diversidade dos costumes, nascida da personalidade das leis, a organização dos grandes domínios cada vez mais independentes, graças à imunidade, o apelo a um protetor, clérigo ou laico, e os laços que se estabelecem entre os príncipes e os que lhe são fiéis são outras tantas estruturas que a época bárbara vê nascer."
RICHÉ, Pierre – As invasões bárbaras. 2.ª Edição. Mem Martins: Publicações Europa-América, 1992. 5601072011342. p. 132-133.

A CRISTIANIZAÇÃO DA EUROPA
São Gregório, por Francisco de Zurbarán.
O papa S. Gregório Magno enviou monges missionários para cristianizar, em geral, os povos "bárbaros". Por exemplo, aos Visigodos enviou S. Leandro de Sevilha; aos Suevos, S. Martinho de Dume; aos povos habitantes da Irlanda, S. Patrício. O batismo do rei Clóvis marcou o início da conversão dos Francos ao cristianismo. O rei serviu de exemplo e foi seguido pelo seu povo: os Francos tornaram-se um dos povos mais cristãos da Europa. Os monges das ordens religiosas, nomeadamente os da Ordem de S. Bento, encarregaram-se de evangelizar as populações que viviam na sua dependência e em redor dos seus mosteiros.



 A organização do clero
 O clero teve uma grande importância na Europa da Alta Idade Média, sobretudo o clero regular, criado após a reforma da Igreja do século VI, que levou ao aparecimento dos primeiros mosteiros. Esta ordem social religiosa tem o Papa como autoridade máxima e divide-se em dois ramos principais: o clero regular e o clero secular.
 O clero regular vive segundo uma regra, ou seja, um conjunto de normas preestabelecidas pelo fundador da ordem religiosa.
Os abades e os mestres eram os superiores dos mosteiros de cada ordem religiosa e por isso constituíam o alto clero.
Os monges e os frades integravam o baixo clero.
 O clero secular é constituído pelos clérigos que vivem e exercem funções junto das populações, como os párocos nas paróquias e os bispos nas dioceses.
No alto clero secular temos os arcebispos e bispos, e no baixo clero estão os párocos.