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Escola dos Annales |
Os gregos criaram a história, contudo eles tinham a preocupação de ser antitemporal, estavam preocupados com o eterno e não com as mudanças transitórias. ~
A criação da história por Heródoto significou uma revolução cultural já que este se preocupava com as coisas vividas, com a temporalidade.
A história era a "ciência nova" das acções do homem no tempo.O historiador se interessa pelas construções humanas, pelo passado e suas relações com o presente. Sendo assim o passado não está morto, pois o presente é tão somente fruto dele.
As experiências humanas e o modo como elas são vistas criam a representação do tempo histórico e esta organiza a percepção das experiências humanas.
A representação do tempo histórico é subjetiva determinada pela temporalidade e pensamento de uma época.
Os Annales ao se aproximarem das ciências sociais modificaram a concepção de tempo histórico.
As ciências sociais usam o conceito de “estrutura social”, buscando encontrar no mundo regularidades assim como na física, na matemática. Este conceito torna o evento irrelevante.
A história aceita esta influência, porém continua analisando as mudanças e inserindo os eventos em uma ordem sucessiva.
A “longa duração” é a transcrição para a linguagem temporal dos historiadores da estrutura atemporal das ciências sociais.
Para os Annales o homem não só constrói a história, mas também é construído por ela.
Com a irrelevância dada aos eventos, a história aumentou seu leque de fontes históricas servindo-se de todos os meios para preencher as lacunas deixadas pelas fontes.
A história também passou a ser vista como a história-problema, o historiador dentro desta perspectiva olha o passado e o interroga construindo os argumentos necessários à comprovação de suas hipóteses.
Reconhece-se também a impossibilidade de narrar os fatos como realmente se passaram.
A escola do Annales foi construída em um momento em que a ilusão daquilo que eterno se acabava, e os eventos que fizeram esta visão ruir foram extremamente violentos, daí a necessidade dos Annales de evita-los, de procurar a harmonia com transformações repetitivas que dão a idéia de eternidade.
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